O educador francês Célestin Freinet (1896-1966) não foi quem primeiro produziu jornais escolares. Antes dele existiram experiências espontâneas de jornais escolares e estudantis. Freinet mesmo reconhece no educador belga Ovide Decroly (1871–1932) um antecessor do uso do jornal escolar no processo educativo.
Porém, é com Freinet que a proposta do jornal escola ganha amplitude e coerência, integrada
como peça fundamental de um pensamento pedagógico. Por isso ele constitui a principal referência
teórica para quem trabalha com jornal escolar.
Em 1924 Freinet introduz na sua prática a técnica da impressão (tipografia). Seus alunos passam
a produzir textos compostos por eles mesmos, que são posteriormente enviados a outras escolas,
dentro de um processo de intercâmbio de produções. Essa prática foi sistematizada em 1967
no livro "O Jornal Escolar", que constitui uma referência ainda hoje.
O jornal escolar é um suporte de uma experiência de vida da criança, que se mobiliza interiormente
para comunicar. O jornal e cada um dos textos e desenhos publicados é uma "obra", um trabalho
coletivo. Nesse engajamento, a criança mobiliza seu julgamento e criatividade. Ela constrói,
assim, sua autonomia.
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